11 Outubro 2014
BAIRROS E VILAS DA SÉTIMA COLINA
Os pátios e vilas de Lisboa nasceram de habitações, algumas precárias, criadas para os operários em meados do século XIX, vindos de outras zonas do País para uma Lisboa cada vez mais industrializada.
Numa altura em que o Estado não tinha condições para intervir, as pessoas começaram a albergar-se “em palácios arruinados ou conventos desafectados e a maioria das vezes em pátios insalubres”.
Foi neste contexto que muitos particulares começaram a interessar-se pela situação e a construir verdadeiras vilas operárias. Nalguns casos, as próprias empresas, nomeadamente do sector têxtil, começaram a construir alojamentos para os seus funcionários.
Nasceram assim centenas de vilas, algumas das quais subsistem ainda hoje na capital. Em 1979, havia registo de 350. A concentração de mão-de-obra veio alterar a composição social, enquanto a burguesia se estratificava, emergia uma classe operária obrigada a procurar alojamento em espaços desocupados. Improvisam precárias habitações, sempre mediante o pagamento de uma renda ao proprietário.
Vamos realizar o percurso que se inicia no Antigo Bairro fabril das Amoreiras, vila Bagatela, Páteo do Monteiro, Alto de São Francisco, Jardim Botânico, Pátio do Picadeiro, Vila Martel, e muitos outros.
Terminamos no bairro operário do Século.
Jardim das Amoreiras
10h30